quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Talvez a gente ainda se encontre por aí.



Em uma livraria pequena e aconchegante perdida entre vielas desta grande cidade. Talvez eu lhe pague um café bem quente e peça para mim um suco batido com gelo. Descobri que preciso dessas coisas bem misturadas. O silêncio com o grito, o quente com o gelado, a alegria entre tristezas. Caso você me pegue em uma noite de lua cheia posso até contar-lhe sobre como encontro equilíbrio nesses pontos extremos. Não sou muito de explicar, por isso talvez a conversa não renda muito. Mas entenda que perco o que sinto quando tento explicar como isso chegou dentro de mim. Prefiro mostrar-lhe, e fazê-lo sentir. Posso roubá-lo para meu apartamento, e tentar mostrá-lo tudo o que fora escondido em meu peito. Talvez assim tu poças entender o motivo das minhas lágrimas. Essa calmaria que balança meu vestido não é a mesma que compõe o meu ser. Vou lhe falar, quando quero sentimento, a calma eu peço apenas para os ventos. Reflete em minhas bochechas coradas, o que quero de você. Pois desejo que me tome em seus braços ao me ver passar na rua. Roube-me um beijo quando meus olhos saltarem de raiva. Quando encontrar-me por aí… Não espere que eu caminhe sobre minhas sapatilhas até a mesa onde você está sentado. Mas venha por trás e diga boa noite em um sussurro ao me ouvido, como se a noite fosse boa entre nossos corpos, um próximo ao outro. Talvez quando a gente se encontrar por aí eu já esteja inteira o suficiente para poder me despedir dos seus lábios sem sentir uma parte minha presa em tuas roupas. Mas… Caso a gente se encontre por aí, por favor, não me deixe ir.

Isla Cezzani.

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