sábado, 26 de fevereiro de 2011
Vou sair para ver o mar e me perder entre os labirintos que distanciam nossos passos.
Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos. Eu irei caminhar por trajetos errados em diferentes passos. Em destinos errantes nas mais estranhas pegadas na areia. E vou te encontrar em um planeta abandonado no curto espaço entre nós dois. Em nossos abraços, em seus sorrisos largos.
Caio F.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Você é uma possibilidade minha, menino.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
E tem gente maravilhosa que, de repente,
vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam.
Caio F.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Vem, que eu quero te mostrar o papel cheio de rosas nas paredes do meu novo quarto
no último andar, de onde se pode ver pela pequena janela a torre de uma igreja. Quero te conduzir pela mão pelas escadas dos quatro andares com uma vela roxa iluminando o caminho para te mostrar as plumas roubadas no vaso de cerâmica, até abrir a janela para que entre o vento frio e sempre um pouco sujo desta cidade. Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados. Quero controlar nervoso o relógio, mil vezes por minuto, antes de ouvir o ranger dos teus sapatos amarelos sobre a madeira dos degraus e então levantar brusco para abrir a porta, construindo no rosto um ar natural e vagamente ocupado, como se tivesse sido interrompido em meio a qualquer coisa não muito importante, mas que você me sentisse um pouco distante e tivesse pressa em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei, e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, apenas para chegar mais perto, um pouco mais perto de mim.
Caio F.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar.
Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite.
Caio F.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Ainda cá ficaremos milênios e milênios em constante nascer e morrer,
Assinar:
Postagens (Atom)